A minha primeira compra online

Mas que amor!

Nunca tive coragem de fazer compras online, porque uma coisa são as imagens outra coisa é ver ao vivo, experimentar vários tamanhos, sentir os tecidos, os materiais e porque nunca se sabe se quem está por detrás do ecrã está de boa fé. Desta vez decidi arriscar. No que toca a comidas a coisa muda de figura, não há dramas, gosto dos ingredientes e isso chega. Continuo de dieta e que fique bem claro que dois quilos e duzentas gramas já foram à vida. A pensar no Natal e porque cá em casa recebemos sempre muitas visitas, quis mandar vir umas coisinhas diferentes para garantir variedade e deliciosas iguarias à mesa. Depois de tornar isto público vou ter uma fila de gente à porta, mas tudo bem…a campainha está avariada (há males que vêm por bem!).

Como sabem, faço parte da equipa We Love Food e agora que está a chegar o Natal vamos ter alguns passatempos para mimar os nossos foodies. Incluímos a Guapices nesse rol de passatempos e em breve alguns foodies poderão experimentar estes pitéus. Quis ser testemunha e dizer-vos na primeira pessoa se valia a pena ou não. A R. conhece a Guapo e disse mil maravilhas do seu novo negócio, não resisti, pus-me na fila e fiz a minha primeira compra online. Pensei que se não corresse bem nunca mais comprava nada sem ver. Zero traumas, correu super bem. Vale a pena! Foi tudo muito fácil, muita simpatia e disponibilidade à mistura. E…tchan, tchan, tchan tchannnn… hoje lá chegou a minha casa a pasta de azeitonas com amêndoas e o doce de pêra e kiwi com gengibre, acompanhados de um miminho especial, as bolachas de chocolate. Um mimo, tudo feito à mão, com muito cuidado e super amoroso. Logo hoje que estava mesmo a precisar de um mimo assim, vou perder a cabeça e abrir uma excepção ao lanche porque hoje mereço. É também uma excelente ideia para quem esgotou todas as opções e não tem um orçamento muito alargado para prendas de Natal. Oferecer presentes que se podem comer é jogar pelo seguro. Estes são para dar a provar a quem vier cá a casa e, claro, para eu ir enfardando sempre que quiser perder a cabeça e jogar areia para os olhos da minha dieta.

Existem mais opções. Para ver as imagens e encomendar, cliquem aqui Guapices.

A M.

Agora é que é!

Sabemos que estamos de mal com a vida (leia-se, com o nosso corpo) quando vamos às compras e nada assenta como devia. Nada presta. Nenhuma cor fica bem. As roupas justas ficam péssimas. As roupas largas fazem-me ver a dobrar. Não há nada que possamos levar para casa para elevar a auto estima. É sentirmos que batemos no fundo do poço e estamos na penúria, o vestuário fechou as portas e estamos de costas voltadas.

Estou oficialmente de regime. Estou. E não me venham com ladainhas porque eu sei que daqui a nada é Natal e vou andar a dar facadas na minha promessa a cada jantar que for. Mas… ontem portei-me bem e não faltavam coisas boas para comer em casa da J., por isso o primeiro desafio foi superado com sucesso.

A Drª L. é um amor e há muitos tempos passou-me um plano alimentar para eu seguir à risca. Baldei-me. Entretanto, a vida deu umas quantas voltas e eu voltei um bocado ao sedentarismo do costume. Decidi que já é tempo de ter algum juízo e começar a cuidar de mim mais a sério, pela quinquagésima sexta vez na vida. Tirei o plano da gaveta e agora é que vai ser. Chega de desculpas. Daqui a nada é Natal. Daqui a nada é Carnaval. Depois a Páscoa. Depois são os aniversários e mais isto e mais aquilo e as cenas do costume. Chega! É Natal, mas ainda falta um mês. Posso começar já, daqui até lá se não fizer nada é que é pior. Pior mesmo vai ser manter a distância da caixa de Ferrero Rocher. Vai ser todo um perímetro de segurança. Mas também já decidi que quando me der para meter o pé na argola o castigo vai ser a dobrar. Para já, tenho fechado a boca às porcarias, às quantidades exageradas e levado com uma hora diária de exercício, que eu sou uma pessoa ocupada e não posso ficar o dia todo nisto. E não há cá ginásios. Tenho uma passadeira à minha espera onde até posso fazer a espargata e o pino ao mesmo tempo enquanto corro e espalhar-me ao comprido, que ninguém há-de saber o que se passou naquelas quatro paredes. Prefiro sofrer em silêncio e sem plateia. Sem pressas, demore o tempo que demorar, dois mil e treze vai ser o ano até porque o treze é o número da minha vida.

Torçam por mim. Digam que eu vou ser capaz, acreditem em mim, porque cá em casa o nível de credibilidade está abaixo de zero. Mas isto não fica assim! Custe o que custar!

A M.

Ele só me envergonha

Meus queridos isto tem sido o cabo das tormentas para conseguir vir aqui regularmente espalhar magia nas vossas vidinhas. Mas vocês vêem que eu sou uma pessoa esforçada e que faz das tripas coração para que não vos falte muita coisa. Quanto mais faço tenho a sensação que ainda tenho muito mais por fazer. Tem sido uma canseira de noite e de dia. É um texto que deixei a meio e que agora não sei a volta que vou dar ali. É o We Love Food que finalmente saiu da casca e pisou o mundo do audiovisual. A alegria desta semana! São os presentinhos manuais que deixei a meio e ainda não tive tempo de os finalizar. É o meu carro que se engasgou duas vezes hoje na estrada e que me ia deixando na mão. Ele nunca mais me tinha envergonhado em frente às pessoas. Fiteiro! Da última vez que fez uma birra do pior, foi quando fui dar-lhe o pão nosso de cada dia à bomba de gasolina. Chupou-me trinta paus e ainda se fez de fino. Bateu o pneu e não arredou dali. Foi rebocado até casa, em marcha lenta, quase fúnebre. Chegou à garagem e pegou. Fiteiro. Está doente e ninguém descobre a doença que tem. Morre quando lhe apetece, dá-lhe para isto, deve ser médium e vê coisas e depois morre e depois volta. Só me envergonha nas piores situações. Quando fui à bomba de gasolina já era de noite e fui com a pior roupa que tinha, só porque no dia seguinte o combustível ia aumentar e eu estava numa de poupar umas patacas. No outro dia foi à saída do supermercado, ali, tudo à grande, apagou e renasceu das cinzas dois minutos depois. Já nem posso ouvir rádio que faz pior, começa a dizer que precisa de ir para os hospitais dos carros levar soro. Agora ando em silêncio, só eu e  o barulho do motor do carro. Há lá coisa mais deprimente?

Recadinho rápido: A propósito do We Love Food,

Gostam? Gostam? Oh, escusam de vir com rodeios. Está lindo o meu pequeno baby!

A M.

Há vida depois de tirar quatro dentes?

Hoje foi o dia de tirar o último siso e eu já não estava a realizar na minha cabeça o filme em que me ia meter pela quarta vez. Há vida depois de tirar quatro dentes, não muda grande coisa, acho que a minha língua agora vive num T4 cheio de espaço e conforto. É tudo à grande por enquanto, porque daqui a uns meses já não há cá janelas para a rua e volta tudo a ser como antes, no escurinho do cinema.

Assim que os meus olhos viram a anestesia ainda pensei em inventar uma desculpa e sair de fininho…

Quando ouvi o dente a descolar do osso e geri as dores nas articulações…

Depois de tirar o dente. Tiro dentes até com uma perna às costas…

Três horas depois…ainda com o efeito da anestesia…

Estou cheia de fome e ainda não sinto o lado direito da cara.

A M.

O Natal, as lojas, os presentes e eu

Então meus amores pequeninos, a vida corre-vos às mil maravilhas? Não tenho andado grande espiga, mas está tudo a compor-se depois de ter tido um fim-de-semana com poucas horas de sono. Na sexta, fui perder a cabeça para o SHU.AKA, o sítio mais top para quem aprecia sushi, repleto de aromas diferentes. No sábado, o F. fez uma lasanha de atum maravilhosa e fui lá a casa jantar, saí de lá aflita. No estômago trazia peanuts caramelizados, um aperitivo de vinho madeira, lasanha, salada, vinho Dom Martinho (impecável) e gelado de cheesecake de morango do Continente. Alimento-me bem, eu sei. No próximo sábado é o jantar na casa da J. e já me sinto a entrar na onda dos jantares de Natal. Nada que me aborreça. Para já só ando chateada com as lojas que não têm nada de jeito para vestir e espetam-nos com artigos a preço de ouro. Apetece mandar tudo à fava. Percebo que está tudo pela hora da morte quando uma camisolinha transparente não custa menos de trinta e nove euros e noventa e cinco cêntimos. Há alguma razão plausível para isto? Depois a camisinha tem aquele tecidinho tão frágil, tão frágil que para lavar só na lavandaria. É sempre a desembolsar. Já não há roupa para a vida como quando era pequena. E quando a colecção está mais para os escuros do que para os claros? Aí é que a porca torce o rabo, meus amigos. Nota-se que o país está de luto até quando entramos numa Zara de paredes brancas imaculadas que se veste de pretos, castanhos, cáquis, camuflados et cetera e tal. Eu até gosto de preto, que o diga o meu vestuário, mas queria entrar numa onda mais clean e está difícil, principalmente quando a oferta é escassa. Às vezes esta ilha aborrece-me, não é que não haja nada, eu é que estava habituada à variedade. Depois disto, outra das coisas que dá comigo em louca é o facto de ir às compras, saber que tenho de comprar X coisa ou coisas e acabo por trazer Y, só porque acho que vai dar jeito. No entanto, o problema mantém-se. Raras são as vezes que trago aquilo a que propus. Acho que é uma dor que todas partilhamos. Pior é que se aproxima uma data especial e ando a correr contra o tempo, em busca de um qualquer vestidinho lindo, elegante, que não seja preto e que não me estrangule o orçamento porque parece mentira, mas vem aí o Natal. Este ano já decidi que vou aventurar-me nas compras online e oferecer coisinhas originais. É uma maneira de ajudar o pequeno comércio virtual alojado no Facebook. Mas o lema a seguir é o dos três Bs. Comprar bom, barato e bonito.

Fica aqui uma sugestão de páginas giras para visitarem e pensarem nos presentes de Natal. Nunca comprei nada, não sei se funciona bem, mas têm óptimas sugestões para quem anda meio perdido nesta altura e não sabe o que oferecer.

Guapices

Word Cookies

Alfaiate*

Neck like a princess

A M.

Os dentes e as artes plásticas

Pois que hoje foi mais um dia de revisão, mudanças de óleos, arcos e apertos nesta que é a boca mais massacrada de Portugal e arredores. Não está a doer quase nada, por isso estou porreiríssima. A Drª N. já nota evoluções, assim como toda a gente que me conhece. No início diziam “Vais pôr isso para quê? Tens os dentes direitos! Vais tirar dentes? Oh meu Deus, enlouqueceste!”, agora já lhes foge a boca para a verdade, “Isso realmente estava péssimo, que diferença. Estás outra. Vais ficar impecável!”. Afinal eu tinha razão! Falsos! Até já sou o centro das atenções em almoços e jantares de grupo. Lá tenho eu de contar toda a história de vida do meu aparelho, desde o seu momento embrionário em que era apenas um Case Study em Power Point, passando pela espécie de Massacre no Texas, até à parte em que já não dói nada e em que muitas vezes já nem me lembro que tenho isto na boca. Diz que estou a ficar com a mordida mais fechadinha e até os dentinhos da frente já tocam uns nos outros. Yes! Em vinte e quatro anos de existência isso jamais em tempo algum tinha acontecido. Estavam bem zelados mas não batia a bota com a perdigota.

Já que hoje foi um dia de boas notícias, apesar de ter acordado rabugenta, dediquei-me às artes plásticas para descomprimir. O S. vai receber o seu primeiro Sacramento e a tia babada anda a tratar da logística. Primeiro passo, escrever o texto. Check! Segundo passo, escolher os materiais. Check! Terceiro passo, mãos à obra. Lápis, régua e tesoura. O resultado foi um convite em forma de puzzle e ficou fofíssimo. Check! O desafio que se segue vai arrancar de mim a veia artística que tenho alojada no pulso direito. Fomos à socapa ali à praia, que fica a um passo de casa, e larapiámos um saquinho de pedras, assim como quem não quer a coisa. Criatividade a quanto obrigas, mulher! Ainda não arregacei as mangas, mas prometo que depois mostro a obra feita.

Entretanto, fica aqui uma ideia original para um convite, assim meio para o desfocado uma vez que contém informações confidenciais. Upa, upa! Não queremos que apareça gente a mais no “copo d’água” do meu pequeno S. porque depois não temos onde sentar toda a gente e seria uma chatice. No fim-de-semana espera-me uma missão muito importante, descobrir a indumentária perfeita. Um drama na vida de qualquer Ser que tenha vindo à terra em forma de mulher.

A M.

Podia ser sábado todos os dias

Ai ai ai… que me dói a cabeça. Isto hoje foi de bradar aos céus. Tive direito a chuva, frio, lareira acesa, casacos e botas de pêlo, cozido à portuguesa regado com vinhaça e Sete UP, como diria o senhor.  Ir ao Poiso e não tomar uma poncha é como ir a Roma e não ver o Papa. Há dias em que vale mesmo a pena sair de casa e é bom ter amigos, é o que vos digo! Querem um conselho? Mimem os vossos. Continuo a adorar almoços que acabam às seis e meia da tarde, num sábado de Outono, com a noite a cair lá fora e com barrigadas de riso.

Em traços gerais, foi mais ou menos este o resultado vezes dezoito.

A M.

Era uma crise para embrulhar

Ora, hoje por ser domingo, decidi vir cá animar as hostes. Tudo a correr pelo melhor? Continuam com alegria de viver? Domingo é um dia chato, mas nada mais chato que um sábado pior que o domingo. Ontem, depois de só ter pregado olho lá para as cinco da manhã, culpa da chuva torrencial e do vento que por vezes fazia um zunido, entra-me a I. de rompante pelo quarto às dez da manhã. E vocês perguntam em uníssono, mas por que carga de água ela fez isso em pleno sábado, dia de dormir até estalar? Porque o Continente tinha brinquedos a cinquenta por cento de desconto em cartão e porque este ano alguém decidiu, nesta casa, que devíamos comprar prendas de Natal com muuuuita antecedência. Uau! Riam-se da minha desgraça. Arrastei-me ainda com as pálpebras cerradas até ao WC. Joguei-me para a banheira. Toda inchada de não dormir e com as olheiras um pouco mais abaixo do umbigo, lá fui eu fazer um programa lindo a um sábado pela fresquinha. Eu até pensava que aquilo ia estar às moscas, mas só faltou um indivíduo projectar-me contra a prateleira das pilhas. Era o abram alas para o raio do homem maldisposto que me queria levar a carteira com o carrinho de compras sem travões. As prateleiras já estavam praticamente varridas e ainda só eram onze da manhã. Tudo virado do avesso. Lá consegui repescar meia dúzia de tralhas para o S. e fugir dali como se nunca tivesse lá metido os cascos. Nunca mais me apanham num filme destes. Tenho para mim que nem se compara ao Carnaval que foi no Pingo Doce há tempos, mas bolas… Eu ainda pergunto se estou a viver no mesmo país em que oiço falar da crise todos os dias. Esse Ser omnipresente, que me acompanha desde que nasci, corria aquele Verão fantástico de mil novecentos e oitenta e oito. A crise é uma querida, dá que falar, ela anda aí, mas ninguém lhe põe a vista em cima, ou pelo menos raras são as vezes em que isso acontece. Não acreditam? Experimentem ir a um supermercado a um sábado de manhã, com descontos em brinquedos e a um mês e meio do Natal, depois contem-me a vossa experiência.

A M.

O Natal podia ser amanhã

Estou a precisar que me passem com um tractor por cima, que me estalem os ossos todos, que me enfiem um incenso pelas fossas nasais, que me ponham uns phones nos ouvidos e todo o repertório de Parov Stelar a tocar, seguido de Zero 7 e Air, que me acendam umas velas e que me deixem num quarto fechado durante o mês de novembro, qual urso a hibernar. Pronto, se fossem umas três horas eu já ficava feliz. Voluntários? Pai Natal, faço-me entender?

A M.